terça-feira, 9 de junho de 2009

sobre o eu ser ator.

Citando novamente a paixão, a fúria, o vento e tudo mais.

Preenchido com algo que eu não sei descrever muito bem. Só sei dizer que não é nem bom nem mau, nem triste nem alegre.
E também não é prazer nem dor. É algo entre todas essas coisas que se misturam entre si e envolvem a respiração numa dança em conjunto com quem quer que esteja presente no recinto, na rua, no quarto, no palco... Onde for.

Uma necessidade de se contar, como dizia Drummond. Talvez porque a alma seja leve demais e agitada demais para se aquietar no próprio corpo e teima em passear pelo espaço livre que a pulsão do encontro permite.

Entorpecido. Atordoado. Vivo.

Me sinto vivo.

Vivendo uma infinidade de sensações entrelaçadas uma na outra, passeando por lugares infindos, meio nômade, navegador de águas incertas e profundas e salgadas.

Corpo sensível.

Urgência.

Com os deuses e paradoxalmente tentando alcançar o que há de mais humano.
Amolecendo a própria carne e movimentando o próprio espírito.
Tempestade.
Temporal.

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