sexta-feira, 27 de março de 2015

Vestiu sua camisa cor-de-rosa e saiu na chuva. Palavras e sentidos nos bolsos. Uma alegria quase triste. Ansiedade feito saudade. As mensagens de celular faziam vibrar seu peito de poeta e as gotas que pingavam do seu guarda-chuva preto deixavam seu efêmero rastro pelo metrô. Muitas pessoas em seus celulares... Haveriam mais peitos pobres que vibravam de paixão naquele instante? Talvez não sejam tempos tão secos assim. São quase 18h30 e ainda faltam duas estações. Chegará até a Consolação com um ligeiro atraso e adiantado de úmidas declarações de afeto.