quinta-feira, 24 de junho de 2010

o menino e o caixão

como um boneco torto
o meu morto respira ainda
e o meu movimento é nulo
desajeitadamente parado

no peso daquilo que me esmaga
por baixo e não nas costas
arrastando-me pelo avesso
empoeirado e caquético

transpiro uma pausa longa
entre o tomar coragem
e o desapego franciscano

...

das pequenas mortes necessárias
o mais difícil continua sendo
se livrar do peso e do luto
e se deixar voar por aí...


Francis Bacon

segunda-feira, 21 de junho de 2010

cada vez mais, essa atmosfera de sonho que contaminou o meu olho teima em transformar o ordinário em poesia

domingo, 13 de junho de 2010

recado dado não se olha os dentes

(no impulso das palavras que teimam em sair)

A impressão que eu tenho, é de que a Roda da Fortuna irá sempre nos aproximar no final.

Não havendo outra explicação...

Te amo, dentro dessa nossa contraditória aproximação pelos espaços-tempos.

domingo, 6 de junho de 2010

na tensão das palavras que querem ser escritas, mas insistem em continuar do lado de dentro