quinta-feira, 22 de outubro de 2009

a possiblidade de manter o ar leve como está

eu aqui colorindo tudo
enquanto a luz

coitada

está fraca
fraca
se desfazendo em névoa e rancor

malditas sejam as nuvens que cobriram o Sol
e enlamearam os meus olhos
que já não veêm como antes

malditos sejam os meus olhos
que sendo humanos
não enxergam como deveriam

malditas sejam essas cores de agora
que de tão fracas
se desfazem ao primeiro sopro de homem

(tempo de uma respiração profunda)

tentarei dormir agora

afinal é primavera
e quem sabe se amanhã é dia de flores

(interrogação)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não se deve amassar as cartas!

Palavras nunca são descartáveis... E o desenho da letra é sempre uma extensão da pele.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

amém

sumiram as malditas palavras

e

o que me sobrou

foi

1- uma pequena tensão no pé direito
2- repiração acelerada
3- olhos caídos

mais uma alma cansada de dançar pelo salão e procurando um pouco de conforto ao se deitar nas almofadas coloridas