Sequestrarei você sem que você saiba, no entanto, que ficará livre para escolher se quer me prender nos braços (abraços) ou pelas pernas (eternas).
Sem que saiba também que no cativeiro só haverá espaço para dois corpos, sendo que um deles é o meu, já que a ideia foi minha.
Sobre o vinho que abriremos.
Sobre o rock britânico que se ouvirá durante o ato.
Sobre o fato.
Sobre o suspiro.
Sobre a poesia, o olhar, o tato.
Sobre o olfato.
Sobre nada disso ficará sabendo.
Nem que o segundo corpo no espaço é o seu.
Nada disso.
Quero te pegar na curva, na travessa do desejo com a música.
Só nos restando o charme, no mistério que agora passou a existir.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
sem máscaras na noite dos mascarados
Ele não é misterioso.
Nem eu.
Nem as nossas palavras trocadas.
Nem a forma de encaixe do corpo.
Nem o vinho prometido.
Nem a despedida no metrô.
O que havia de misterioso alí
era somente a sua bolsa de feira,
carregada de pequenas bugigangas
pequenos universos de menino artista.
E talvez, muito talvez
a poesia que se escondia
no mais simplório dos diálogos.
De todos os tempos.
Na história de todos os amantes,
que já passaram por esse chão.
De resto era tudo pobre, parco,
sem nada de espetacular.
Sem nenhum valor de novela das 8.
Nada que fosse misterioso.
Ainda assim de movimento avassalador,
pequenas explosões
e coração batendo forte,
tão forte.
Nem eu.
Nem as nossas palavras trocadas.
Nem a forma de encaixe do corpo.
Nem o vinho prometido.
Nem a despedida no metrô.
O que havia de misterioso alí
era somente a sua bolsa de feira,
carregada de pequenas bugigangas
pequenos universos de menino artista.
E talvez, muito talvez
a poesia que se escondia
no mais simplório dos diálogos.
De todos os tempos.
Na história de todos os amantes,
que já passaram por esse chão.
De resto era tudo pobre, parco,
sem nada de espetacular.
Sem nenhum valor de novela das 8.
Nada que fosse misterioso.
Ainda assim de movimento avassalador,
pequenas explosões
e coração batendo forte,
tão forte.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
e lá vamos nós
Eu bem que avisei que um ano regido por Vênus seria perigoso. Fui acertado em cheio por um objeto não identificado e estou tontinho da Silva. Perdi a direção do banheiro, as chaves de casa já não estão mais aqui comigo, minha carteira só deus sabe onde...
Agora é esperar e ver se a tontura passa, se o coração aguenta e se a cabeça não entra em parafuso de vez.
Agora é esperar e ver se a tontura passa, se o coração aguenta e se a cabeça não entra em parafuso de vez.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
o gosto pelo caos de Dioniso
me embriagar até que eu esqueça
até que alguém me lembre
até que um certo alguém me lembre
até que o certo alguém me lembre
vale um vinho, vale um copo
vale chorar e rir ao mesmo tempo
vale morrer
pequena morte necessária
vale até desejar
desejos além da própria alma
essa minha alma que explode por não caber no corpo
que sofre pela falta das asas
e goza pelos excessos
(gritos celebrativos)
- Evoé!
ao sangue do poeta seco, agora
até que alguém me lembre
até que um certo alguém me lembre
até que o certo alguém me lembre
vale um vinho, vale um copo
vale chorar e rir ao mesmo tempo
vale morrer
pequena morte necessária
vale até desejar
desejos além da própria alma
essa minha alma que explode por não caber no corpo
que sofre pela falta das asas
e goza pelos excessos
(gritos celebrativos)
- Evoé!
ao sangue do poeta seco, agora
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Quem fala?
o telefonema que antecede a pele
a tentativa de contato
no mau contato do telefonema
e tudo o que eu tinha
chorado
rasgado
sofrido
perdido
se desfez
e me fez
acreditar em nós
nos laços
nos abraços
outrora partidos
...
o ser humano é mesmo uma graça
uma simples vibração e tudo muda
a tentativa de contato
no mau contato do telefonema
e tudo o que eu tinha
chorado
rasgado
sofrido
perdido
se desfez
e me fez
acreditar em nós
nos laços
nos abraços
outrora partidos
...
o ser humano é mesmo uma graça
uma simples vibração e tudo muda
segunda-feira, 12 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Só me fale se isso foi uma despedida.
havia apenas a pele
e a filosofia
sem o peso da filosofia
nós dois
e algumas estrelas caídas
doce decadência
o amor sem o peso do amor
apenas pele
- Quero-te dentro.
- Quero-te em mim.
quis porque quis
exagerei
exageramos
explodimos e nos reencontramos
por diversas vezes
na mesma noite
na mesma cama
nos conhecemos há tempos
acredito nisso
e em quase tudo no mundo
até no silêncio em que se ouvia as explosões
fomos heróis
e nossos cavalos ainda falavam inglês
e a filosofia
sem o peso da filosofia
nós dois
e algumas estrelas caídas
doce decadência
o amor sem o peso do amor
apenas pele
- Quero-te dentro.
- Quero-te em mim.
quis porque quis
exagerei
exageramos
explodimos e nos reencontramos
por diversas vezes
na mesma noite
na mesma cama
nos conhecemos há tempos
acredito nisso
e em quase tudo no mundo
até no silêncio em que se ouvia as explosões
fomos heróis
e nossos cavalos ainda falavam inglês
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