quinta-feira, 27 de agosto de 2009

(com as janelas marejadas)

naquela mesa qualquer de um fast food qualquer localizado numa avenida qualquer

a única coisa que não era "qualquer" era a assignificância do encontro e a percepção de todo o caminho até então percorrido com tanta dificuldade

pudera!

seres humanos, e bastante humanos aliás, se encarando de frente
rente às lembranças e às sensações da intimidade construída através de uma relação cheia de polaridades

profundidades
banalidades
sentimentalidades
contrariedades

humanidades

justo num tempo em que o que importa é a satisfação dos desejos e a segurança da privacidade

eu afeto
você afeta
nós afetamos

nos afetamos

viva!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

<3

a cor da sua pupila é aquela que eu quero ter como estampa do meu pijama quando eu for me deitar

ps.: romper

esses laços
me parece
mesmo
que foram feitos
e desfeitos
logo em seguida
de modo
que eu
eu mesmo
penso
que nunca deveria
tê-los feito
ao menos assim
tão apertados

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

e a cor?

hoje desbotado

pelas velhas palavras repetidas
pelas vontades que não passam
pelo estado cansado
parado
abarrotado

no silêncio descolorido

torcendo pela chuva
que alivie esse ar seco
sem graça

que saco!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

de uma vez

uma vontade louca quase desesperada de escrever te escrever cartas com a própria letra no caderno velho e destacar a folha e te entregar assim que já estiver assinado olhando os seus olhos esperando alguma reação por menor que seja mas no fundo que merda esperar e torcer pelo abraço ou pelo braço em volta do corpo como resposta ou ação de graças pelas palavras que tenham tocado de frente direto e fundo entrando pelas vistas seguindo por baixo descendo a garganta até chegar no estômago sendo que nessas horas já estará enjoado com as tais borboletas que farão tudo revirar vomitar escorrendo todas aquelas letras que se deixaram escapar desses meus sentimentos que guardo nem sei pra quê