sexta-feira, 8 de maio de 2009

matéria

tive uns sonhos tão estranhos que nem sei
me confundi com outras pessoas
um imenso grito coletivo
...

O que se passava era um assassinato. Ou uma tentativa de assassinato onde eu era a vítima.
Para o meu desespero a fuga da morte era algo lento e atravancado.
A execução de cada movimento se dava com uma imensa dificuldade e a voz (que voz?) não saía, justo numa hora dessas.
(Essa é uma constante nos meus sonhos.)
O curioso é que também me via no assassino. Ele tinha traços parecidos com os meus e a respiração rápida e atrapalhada como a minha.
Havia um sonho dentro do sonho. O que dá uma idéia circular, de infinito. Constante.
Rapidamente percebi a relação entre essas duas figuras.
Me apaixonei por elas. Aquelas figuras tão minhas, que se amavam, que tinham medo uma da outra, que escapavam.
E isso que aconteceu. A vítima escapou e o assassino permaneceu sentado com sua blusa preta olhando para o vazio.
Um milhão de coisas passando pela cabeça, e os olhos ardendo num quase choro engasgado.
Acordei.

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