quarta-feira, 11 de março de 2009

cândido

gosto de ver você chegando
atrasado, correndo, de pasta na mão
gosto de toda essa humanidade que você mostra
frágil e forte e vivo e constante
gosto de ver o seu sorriso quando assistimos Bergman
e até os aplausos em algumas cenas
gosto da forma como banalizamos o assunto mais sério
mil,
um milhão,
um bilhão,
um trilhão de um monte de coisas

de resto não sei por que
pode ser coisa do cosmos
ou de sei lá quem

o fato é que eu sinto um negócio estranho
mesmo quando te odeio (coisa comum) te quero perto

minha fala tão bem construída fica muda e amedrontada

a coisa é simples e eu complico
todos os fatos

me faz calar como ninguém
invade meu mundo porque eu deixo
vergonha eu não tenho mais
preciso
precioso
cá dentro
te guardo
te aguardo
agora

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