rasgamos seda
rasgamos a roupa
rasgamos o peito
te rasgo e te guardo em pedaços
nos bolsos da minha camisa de botões
e aguardo
talvez a próxima ardida palavra
talvez a mais efêmera das carícias
por isso mesmo tão violentas
por isso
foge por aqui que eu vou por ali
trocamos a covardia por outra coisa
talvez menos dor
talvez mais amor
ou um pouco dos dois
que por pouco não somos um
de tão iguais
tempestade, temporal
é o que me causa
e o que me cansa
mas te faço meu
por direito
desse jeito torto
que é nosso
e te faço
te faço pó, te faço nada
pouco caso de ti
faço de mim
gostei e me identifiquei em algum sentido.
ResponderExcluirÉ a maneira do seu sentimento falar mais alto, a forma como você tenta guardar a pessoa pra si - um ato de possessividade? ah, um carinho e zelo, um pacto de sentimentalidade.
ResponderExcluirGosto de sua intensidade.